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Congresso Sabincor evidencia necessidade de mudança no modelo de atenção à saúde

Tecnologias devem ser empregadas cada vez mais para aproximar profissionais e pacientes, privilegiando, de fato, a promoção da saúde e a prevenção de doenças; condição indispensável para a sustentabilidade do sistema que está à beira do colapso.

Foram três dias de muita partilha de conhecimentos, experiências e vivências. Três dias de muita reflexão sobre o papel das pessoas e da tecnologia para o desenvolvimento da saúde sob a ótica da multidisciplinariedade. E a resposta à pergunta que norteou debates e apresentações – o que é alta complexidade em saúde? – com a participação de especialistas de várias partes do país, na 16ª edição do Congresso Sabincor de Cardiologia, sintetiza o maior dos desafios: promover a mudança de comportamento para a adoção de hábitos mais saudáveis de vida.

A prática de atividade física, aliada a uma dieta mais rica em nutrientes, ao consumo moderado de bebidas alcóolicas e à abstenção de cigarro reduz em mais de 60% o risco das doenças cardiovasculares. Índice que nenhum remédio ou outra terapêutica sequer se aproxima, como bem traçou o pesquisador sênior do Incor, Protásio Lemos da Luz, na conferência de abertura. O desafio é gigantesco, uma vez que 100 milhões de brasileiros, por exemplo, não fazem qualquer atividade física. Porém, assim como estimular a mudança de hábitos nos pacientes é fundamental para a inversão do modelo de atenção centrado na doença, para outro focado na prevenção e na promoção, o congresso também deixou evidente a necessidade de mudança no comportamento da classe médica.

Por isso, temas ainda pouco explorados nos consultórios, como espiritualidade, religião e outros que envolvem a chamada medicina comportamental precisam ganhar mais espaço na relação médico-paciente. Segundo o pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alexandre Rezende Pinto, estudo realizado com idosos em reabilitação indicou que 84% deles gostariam que o médico assistente se interessasse em saber sobre suas crenças, mas apenas 8% informaram que são questionados sobre o assunto que, comprovadamente, influencia na predisposição do paciente até para a aderência ao tratamento.

“O congresso foi muito rico em conteúdo. Tivemos a oportunidade de ouvir e debater com grandes profissionais em suas respectivas especialidades. Novidades foram apresentadas e em muito contribuíram para alargar os horizontes em relação à inovação e à humanização em saúde. Fato é que as tecnologias estão cada vez mais disponíveis, para que a gente possa concentrar a atenção nas pessoas, nas suas reais necessidades”, observou o presidente do Sabincor, José Antônio Vieira.

A “individualização do tratamento” com a prática da “medicina da pessoa”, inclusive, foram termos usados pelo cardiologista Cláudio Domênico, autor do livro “Te cuida – Guia para uma vida saudável”, em sua participação no painel que encerrou o congresso. Ao citar Schopenhauer, Cláudio lembrou que “saúde não é tudo, mas sem saúde, tudo é nada” e destacou a importância de deixar o doente falar, até porque não se muda comportamento de ninguém em 20 minutos de consulta.

Simpósios paralelos debateram perspectivas otimistas para o futuro

Os simpósios realizados paralelamente ao Congresso Sabincor de Cardiologia reuniram especialistas de diversas áreas ligadas à saúde, como nutrição, odontologia, educação física, gestão e enfermagem. Com palestras que desafiaram a reflexão a respeito das mudanças provocadas pela era pós-digital e do que se pode esperar no futuro, estudantes e profissionais reforçaram a aposta na prevenção e na promoção com o uso da tecnologia como aliada para o ganho de escala.

Novos modelos assistenciais pressupõem o maior engajamento das pessoas no cuidado integral com a própria saúde, facilitado pela adoção de tecnologias exponenciais, como a Internet das Coisas, Big Data, Blockchain e Inteligência Artificial que contribuem para o gerenciamento da rotina, alcançando as pessoas em suas reais e particulares necessidades, 24 horas por dia. Não por menos, gigantes do mundo corporativo, como Amazon, JP Morgan e Berkshire Hataway se uniram para ingressar no mercado da saúde, o que por si só deve gerar inúmeras possibilidades em breve.

Muitas mudanças também já estão transformando os processos de aprendizagem tanto nas instituições de ensino, como em treinamentos e na capacitação permanente nas empresas. Exemplo disso é a utilização das chamadas metodologias ativas na educação, a exemplo da simulação realística, apresentada no Simpósio de Enfermagem por meio da experiência da Unigrario. Alunos dos cursos de tecnologia e saúde estão desenvolvendo os próprios protótipos utilizados como estratégia de aprendizagem em uma interação multidisciplinar. Sem contar, a contratação desses serviços de simulação da universidade por grandes empresas privadas.

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