Quando falamos em tratamento clínico da DAC, precisamos lembrar que as Diretrizes apontam como objetivos do tratamento a prevenção do infarto agudo do miocárdio (IAM) e redução da mortalidade mas também a redução dos sintomas e da ocorrência de isquemia miocárdica, propiciando melhor qualidade de vida; ou seja, os objetivos seriam proteção cardiovascular e controle ótimo dos sintomas. São estes os desafios a serem alcançados com o tratamento destes pacientes, proporcionando a busca de novas estratégias terapêuticas.
Nos dias atuais a Doença Arterial Coronariana (DAC) permanece como a principal causa de morte em todo o mundo, com previsão desfavorável para o futuro, mantendo em 2030 o primeiro lugar no Ranking mundial. Nos pacientes com DAC, a angina de peito é um sintoma presente em 50% dos casos e em 30% dos pacientes com DAC estável apresentam este sintoma, pelo menos 1 episódio por semana.
Willian Heberden (1710-1801) descreveu pela primeira vez AP em 1772 como sendo uma “sensação muito desagradável e dolorosa no peito”.
Entretanto, desde a primeira descrição de Heberden, temos observado grandes progressos em termos de revascularização e prevenção de DAC, pequenos progressos em termos farmacológicos para redução de sintomas e a chamada primeira linha de tratamento é considerada antiga: nitratos (desde 1867), betabloqueadores (desde 1965) e antagonistas de cálcio (desde 1974)!
Estes e outros importantes tópicos sobre DAC serão discutidos no 16° Congresso Sabincor pelo Professor Titular de Cardiologia da Universidade Federal Fluminense Antônio Alves de Couto, autor de vários livros em Cardiologia, incluindo o Tratado de Semiologia e Propedêutica Cardiológicas e autor de vários artigos. A palestra ocorrerá às 13h30 no dia 28 de setembro, sexta-feira, e será presidida pelo Dr. José Marcos Girardi.